terça-feira, 8 de setembro de 2009

FIM DE SEMANA PROLONGADO




Fim de semana prolongado. E a capital baiana não deixa de fazer a mesmo coisa que nosso avos faziam. Em uma faixa de areia que nem sempre e branquinha com muito as fezes um pouco mais de 100 metros de faixa livre.

São moradores, curiosos, poetas, vendedores, muitos vendedores ambulantes – olha a canga a água de coco e você pode até não achar mais é um cenário belíssimo e são esses pequenos detalhes que ajuda a compor o trama. Esse é o porto da Barra, pequena enseada banhada pela Baia de todos os santos, delineado por dois fortes coloniais e concorrida por suas águas calmas e transparente.

O Porto da Barro pode ser tido como ícone ao resistir a todas as mudanças de Salvador ou melhor de andar contra a cultura baiana, onde não consegue manter um point por mais que um verão. São tribos da mais variadas que compartilham esse pequeno espaço.

Essas tribos podem ser divididas, em uma pequena extremidade da praia ficam os turistas que ficam por ali observando, tentando entender onde pode se colocar, que preferem um distanciamento pra curtir o ambiente de paz e amor. Próximo dali está o Grupo GLS, com alguns membros mais retraídos e outros querendo esbanjar suas particularidades. Entre tantas figuras a que me chamou a atenção foi um sujeito de sunga, nada contra, colorida com flores tatuadas na região abdominal e um carimbo nas costas com o dizer “frágil”.

Ainda podemos notar os sambistas logo atrás deste grupo, ou será que eles já estavam ali e os GLS se colocaram em sua frente...

Mas ao lado, mas um pouquinho, só mas um pouquinho estão os moradores do bairro, juntamente com as patricinhas, estiradas na sua canga e seu bronze perfeito. Não podemos esquecer que há essa hora já se faz presente a galera dos bairro, é incrível que todos os bairros de salvador tem uma linha com destino a barra.

Estes vêem na praia de domingo uma oportunidade de laser acessível.


“Meu nome é Jorge e vendo o que você quiser comprar...”


A atividade dos vendedores ambulantes neste pequeno pedaço do paraíso é crucial para sua vitalidade já que não temos ali barracas de praia.

Para muitos ambulantes a praia não é só o meio de tirar o sustento e em muitas ocasião pode até levar a família junto. Muitos destes ambulantes só trabalham nas praias nos domingos e feriados, vendendo de tudo, camarão, bronzeador, DVD, bebidas, água, salgados e sabe-se lá mais o quê.



O clima do Porto da Barra seria perfeito se pudéssemos esconder a verdadeira problemática – a violência. Intensa porem discreta, ela se manifesta principalmente no tráfico de drogas e exploração sexual de crianças e adolescentes. Que acontece durante a semana com maior evidencia, lá podemos encontra mulheres e transformistas se prostituindo para turistas, principalmente os europeus.

E por isso que o Porto da Barra seria (ou é) um ambiente profano se não fosse tão sagrado como toda a Bahia.

Na Mira

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