terça-feira, 21 de julho de 2009

Golpe lesa mais de duas mil pessoas na Capelinha de São Caetano



Um golpe aplicado por um casal lesou 2,5 mil pessoas em apenas dois meses na localidade de Capelinha de São Caetano. A fraude, conhecida como‘ golpe da pirâmide’, organizada pelo casal Robson Ferreira do Nascimento e Leila Denise Silva Santos, levou ao desespero as pessoas envolvidas, ao perceberem que dificilmente receberiam de volta o dinheiro investido na ilusão do lucro fácil.

No total, o esquema organizado pelo casal chamado de“ Caixa Pirâmide” - movimentou algo em torno de R$250 mil, somente nos dois últimos meses, segundo informaram a
gentes da 4ª Delegacia (São Caetano).

O golpe é aplicado há mais de um século - com diversos níveis de sofisticação - e já lesou milhões de pessoas em todo o mundo. Até o ex-jogador Romário, acabou caindo num esquema semelhante, segundo informações divulgadas pelo jornal carioca Extra ontem. O prejuízo do jogador pode chegar a R$10 milhões.



Vítimas esperavam lucro rápido e pediram até empréstimo

O esquema que vinha funcionando na Capelinha há cerca de seis meses, no entanto, está direcionado a pessoas de um menor poder aquisitivo, cuja isca para atrair os


participantes era entrar com R$100, para ganhar R$300em 21 dias e R$600 em 41 dias.

Para ser contemplado, o novo integrante tinha que apresentar, no mínimo, mais três novos participantes, e aguardar que cada um destes apresentassem mais três pessoas ao esquema e assim sucessivamente até passar a obter um percentual sobre os valores investidos pelas pessoas que iam entrando na base da pirâmide.

Segundo algumas das mais de mil vitimas do esquema, apenas na Rua Major Pinheiro, os golpistas pagavam normalmente as pessoas encarregadas de fazer a propaganda do caixa e atrair novos integrantes, “mas tudo começou a dar erra do quando os que estavam embaixo, suspeitando do golpe, pararam de alimentar o esquema”, afirmou Cristina Pereira dos Santos, 29 anos, que afirma ter investido R$300, na esperança de ganhar R$900.

Já a sua vizinha Cíntia Ferreira de Jesus, 23, disse que entrou com R$400 e esperava receber R$1,2 mil. “Há relatos de pessoas que chegaram a pegar dinheiro com agiotas para participar do caixa. Teve uma mulher que vendeu a casa” afirmou.

Segundo algumas das vítimas, o casal se mudou e foi visto deixando a casa com sacos de dinheiro. Os acusados foram liberados anteontem, logo depois de prestarem depoimento. O caso esta sendo investigado pela delegada plantonista da 4ª DP, Ana Francisca, que na segunda-feira ouvirá várias vítimas.

Esquema só se sustenta a curto prazo
O esquema da pirâmide está sempre condenado ao fracasso. Também conhecido como ‘esquema Ponzi’, em referência a um criminoso italiano que o aplicou nos anos 20, só funciona a curto prazo

Haylton Lustosa | Redação CORREIO | Angeluci Figueiredo


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