quarta-feira, 29 de julho de 2009

O sexo e as máscaras sociais

Como se forma a sexualidade? E por que tanta diversidade? Não se dá demasiada importância a essa afirmação sexual? A psicanalista Jansy B.S. Mello respondeu a essas três perguntas.

1. “Freud utiliza uma teoria sobre a ‘bissexualidade inata’ no ser humano e, para ele, a identidade sexual se forma em duas fases: o que se manifesta num primeiro momento (antes dos 5 anos, no menino), pode ser modificado na segunda fase ( ligada ao ‘período de latência’, quando haveria um certo amortecimento da pressão da sexualidade). Seja como for, a formação da identidade sexual está intimamente associada à elaboração do Complexo de Édipo tanto pelas ‘meninas’ quanto pelos ‘meninos’.”

2. “O ser humano é diverso! Para Freud, ao contrário do que se observa no mundo animal, a sexualidade não tem no programa um ‘objeto adequado’ e não se nasce pré-determinado, ou casado como um par de pombos. O ‘homem’ se constrói a partir da linguagem e das vicissitudes da sua vida, do percurso das suas identificações e eventos da sua história. Além desta construção, existem enfeites e disfarces que se servem de palavras como se fossem rótulos definitivos — ‘hetero, homo, gay,transexual’ — das diversas modalidades de erotismo e prazer sem nome”.

3. “Adotar uma identidade sexual para suprir as falhas associadas à constituição da subjetividade apenas engendra máscaras sociais e aumenta a distância entre o que uma pessoa sente e se permite sentir e fazer.”

Enviado por um leitor do blog.

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